📢 Bolsonaro exige anistia em troca de negociar tarifaço com os EUA

Um novo áudio de Jair Bolsonaro, revelado pela Polícia Federal, mostra a face mais escancarada da política de traição nacional que marcou o bolsonarismo. Em mensagem enviada ao pastor Silas Malafaia, o ex-presidente afirmou que sem anistia ampla e total para golpistas não existe negociação sobre o tarifaço imposto por Donald Trump contra o Brasil.

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8/21/20252 min ler

“Se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, disse Bolsonaro, em tom de chantagem, no dia 13 de julho.

🔥 O mercado acima do povo

Bolsonaro trata o país como balcão de negócios. Na prática, não defende os interesses do povo brasileiro frente ao imperialismo estadunidense, mas utiliza a economia como moeda de troca para livrar a si mesmo e sua família da responsabilização por crimes contra a democracia.

Enquanto trabalhadores brasileiros enfrentam desemprego em algumas áreas afetadas pelas tarifas, o ex-presidente estava preocupado em condicionar qualquer negociação internacional à impunidade de seus cúmplices.

Esse é o retrato de uma elite que jamais se importou com o Brasil profundo. Para eles, a soberania nacional é descartável diante dos interesses do capital estrangeiro — desde que seus próprios privilégios estejam garantidos.

⛪ Malafaia e o “ópio do povo”

A peça-chave dessa articulação é novamente o pastor Silas Malafaia, agindo não como guia espiritual, mas como operador político da extrema-direita. Segundo a PF, foi ele quem orientou Bolsonaro a transformar o discurso econômico em narrativa de “liberdade e justiça”, pressionando o STF e associando o tarifaço à necessidade de anistia.

Mais uma vez se comprova a crítica de Marx: “A religião é o ópio do povo.” Não no sentido da fé em si, mas da instrumentalização religiosa como anestésico social, desviando a classe trabalhadora da luta contra os verdadeiros inimigos: o imperialismo, a burguesia nacional e seus serviçais no parlamento e nas igrejas.

Enquanto milhões de fiéis acreditam na retórica moralista de pastores, esses líderes religiosos agem como lobistas de golpe, articulando nos bastidores com assessores de Trump e vendendo a fé popular em troca de poder político e proteção judicial.

🚩 Estado laico já!

O episódio é um alerta: a mistura de religião com política não gera fé verdadeira, mas corrupção, manipulação e autoritarismo. Defender um Estado laico não é apenas um princípio constitucional; é uma necessidade vital para que o povo brasileiro possa construir uma democracia real, livre do uso da fé como instrumento de chantagem e dominação.

Bolsonaro e Malafaia não falam em nome de Deus, mas em nome do capital. Não defendem liberdade, mas impunidade. Não negociam pelo Brasil, mas contra o Brasil.

A luta contra o tarifaço e contra o golpe não pode ser dissociada da luta contra o uso da religião como arma política. Enquanto a burguesia reza no púlpito para legitimar seus crimes, o povo precisa se organizar nos locais de trabalho, nos bairros e nas ruas.

Porque a verdadeira justiça não virá de anistia a golpistas, mas da construção de um país soberano, popular e livre da chantagem de pastores e generais.