🚨 Quem é Cayo Lucas, preso por ameaçar o youtuber Felca

Na manhã desta segunda-feira (25), a Polícia Civil prendeu em Olinda (PE) Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, acusado de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca. Segundo as investigações, Cayo utilizava seu computador pessoal para enviar mensagens hostis ao influenciador. A prisão foi resultado de uma ação conjunta das polícias de São Paulo e Pernambuco, autorizada pela Justiça após a quebra de sigilo de e-mails ligados às ameaças.

NOTÍCIASJUSTIÇASAULO CORLEONE

8/25/20252 min ler

📢 O contexto: denúncias contra a adultização

Felca se tornou alvo após publicar, no início de agosto, o vídeo Adultização, em que expôs o submundo de pedófilos e exploradores de crianças nas redes sociais. O material repercutiu em todo o país e ajudou a levar à prisão o influenciador Hytalo Santos, acusado pelo Ministério Público da Paraíba de exploração sexual infantil e tráfico humano.

A denúncia abriu espaço para discutir o quanto crianças e adolescentes estão expostos a práticas perversas no ambiente digital, desde a sexualização até o trabalho precoce e a imposição de papéis adultos para quem ainda não tem maturidade ou consciência de seus direitos.

A violência digital não nasce do nada. Ela é alimentada por uma lógica capitalista que transforma tudo, inclusive o corpo e a vida das crianças, em mercadoria.

Cayo Lucas, preso por ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, também vendia material infantil na internet, segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O secretário comemorou a prisão de Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 21 anos, em Pernambuco, nesta segunda-feira (25), em uma publicação nas redes sociais:

"A Polícia Civil de São Paulo acaba de prender em Pernambuco um indivíduo que ameaçou o youtuber Felca após as suas denúncias. Um belo trabalho de investigação que levou até a esse criminoso que, além das ameaças, vendia material infantil nas redes", escreveu.

Segundo a polícia, o suspeito lucrava com a venda de vídeos e fotos das vítimas de estupro virtual e, por isso, passou a ameaçar Felca.

🚩 O papel do Estado e da sociedade

É urgente lembrar que a luta contra crimes de exploração infantil e violência digital não pode ser terceirizada a influenciadores ou celebridades. Ela precisa ser assumida por um Estado comprometido com a proteção das crianças e da juventude. Políticas de inclusão digital voltadas para a emancipação, não para a alienação e um combate frontal ao capitalismo de plataforma que lucra com a exposição e sexualização de jovens.

Enquanto a lógica do lucro guiar as redes sociais, a adultização será apenas mais uma forma de exploração, um reflexo da mesma engrenagem que coloca crianças para trabalhar, assumir responsabilidades precoces e viver sem infância.

A denúncia de Felca cumpre um papel importante, mas a verdadeira mudança só virá com organização popular, defesa do Estado laico e socialista, e políticas públicas que coloquem a vida da juventude acima dos lucros das big techs.

Porque proteger as crianças é combater pedófilos e lutar contra um sistema que mercantiliza até a infância.