Em áudio a Bolsonaro, Malafaia critica Eduardo: “Teu filho babaca”
Um novo episódio da tragicomédia da política brasileira veio à tona: um áudio do pastor Silas Malafaia, enviado a Jair Bolsonaro, foi incluído no relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento do ex-presidente e de seu filho, Eduardo Bolsonaro.
VÍDEOSPOLÍTICAJUSTIÇASAULO CORLEONE
8/20/20252 min ler
🎙️ Malafaia x Bolsonaro: quando a religião vira “ópio do povo”
Um novo episódio da tragicomédia da política brasileira veio à tona: um áudio do pastor Silas Malafaia, enviado a Jair Bolsonaro, foi incluído no relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento do ex-presidente e de seu filho, Eduardo Bolsonaro.
Na gravação, Malafaia não poupa insultos a Eduardo, chamando-o de “babaca” e ameaçando expô-lo publicamente caso insistisse em discursos nacionalistas fora da linha ditada pelo clã.
“Vai para o meio de um cacete, pô”, esbravejou o pastor ao telefone, em tom mais de chefe político do que de líder religioso.
A cena é reveladora. Mais uma vez, a engrenagem entre política reacionária e fundamentalismo religioso se mostra como um dos pilares da extrema-direita brasileira. Não se trata apenas de fé: trata-se de poder, controle e manipulação.
📌 A religião como instrumento de dominação
Karl Marx, ainda no século XIX, já alertava: “A religião é o ópio do povo.” Não como ataque barato à espiritualidade, mas como crítica à forma como instituições religiosas são usadas para anestesiar consciências e desviar a atenção da luta de classes.
O caso de Malafaia e Bolsonaro é didático. O pastor não discute teologia, ética ou compaixão — discute estratégia de poder, cargos e influência, numa verdadeira promiscuidade entre púlpito e palanque.
Enquanto milhões de brasileiros enfrentam fome, desemprego e desalento, líderes religiosos da extrema-direita atuam como empresários da fé, financiando projetos autoritários e defendendo privilégios de uma elite que sempre explorou o povo.
🚩 Estado democrático x Estado teocrático
O indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro pela PF não é apenas mais um capítulo da novela golpista. É também um alerta: a tentativa de destruir o Estado Democrático de Direito esteve, e ainda está, diretamente ligada à ação de lideranças religiosas que se colocam acima da Constituição.
Defender o Estado laico é uma tarefa urgente da classe trabalhadora. Só num país onde a religião não serve como instrumento político de opressão poderemos construir uma democracia real, voltada para os interesses do povo e não para os caprichos de pastores milionários e políticos autoritários.
A aliança entre Bolsonaro e Malafaia não é fé: é negócio. Não é espiritualidade: é manipulação. E cabe a nós, trabalhadores e trabalhadoras, romper com essa dependência, reafirmar a importância do Estado laico e denunciar, sempre, quando a religião for usada como ferramenta de exploração e de submissão.
Porque, como lembrou Marx, enquanto nos vendem ópio para anestesiar a dor, a burguesia segue explorando, saqueando e rindo de nossas costas.

BOLCHENEWS
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