Homenagem aos 89 anos de Tom Zé

“Mas o que salva a humanidade, é que não há quem cure a curiosidade.” Fiquei curioso quando vi aquele vira-lata na via láctea. Tom Zé me fez enxergar o precariado em trabalho de part0. É que o dinheiro vem tiranizar, dinheiro quer comandar, dinheiro quer conquistar, dinheiro quer dita durar. E quando a coca-cola patrocinou Tom Zé, os sectaristas apontaram um novo pecado, mas veio o Papa Francisco de fato na cerimônia do beija-pé pra perdoar Tom Zé. Não vejo nenhum crime em ser tropicalista pagão, nem em ser patrocinado por borbulhas do império, já que o capitalismo ianque caminha pro cemitério. Até hoje não decifraram a parábola do Zé, ainda tô estudando o samba com fé, suavemente pra poder rasgar e desesperado pra ter paciência. É que no capitalismo selvagem, estamos atrás da vida pra poder morrer e nos despedindo pra poder voltar. Diante de todos os olhos, os da frente e os de trás, o buraco do olho, encostado na bila, afastou os normais. Tom Zé me fex enxergar que o Largo dos Aflitos, não era bastante largo pra caber minha aflição. Logo após isso, fomos morar na Estação da Luz, já que estava tudo escuro dentro dos nossos corações. A nossa sorte é que estamos num país que produziu Tom Zé, Chico, Gal, Elza Soares, Caetano e Gil. A Cultura salva e com ela é possível ter jeito, ter beijo final e assim ter happy end.