QUANTOS CORPOS VAMOS ENTERRAR NO CEARÁ PARA MANTER AS FAMÍLIAS FERREIRA GOMES E CAMILO SANTANA NO PODER ?
A projeção mais plausível, considerando tendências recentes e estabilização relativa, é de 45.000 a 50.000 mortes violentas no Ceará entre 2024 e 2033. Contudo, mudanças na segurança pública e investimentos sociais podem alterar significativamente esse cenário.
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11/9/20254 min ler


Genocídio do Futuro: A Máquina de Extermínio da Oligarquia Cearense
Quantos Corpos Ainda Vamos Enterrar no Ceará?
A pergunta é um grito que ecoa nos bairros e periferias: Quantos corpos o Ceará ainda vai enterrar para manter no poder as famílias Ferreira Gomes e Camilo Santana, que há décadas governam sob a ditadura da corrupção e do privilégio fiscal para bilionários?
Enquanto o Rio de Janeiro lamenta suas perdas, o Ceará se afoga em uma tragédia silenciosa. Nas últimas duas décadas, milhares de vidas foram ceifadas sob o domínio dos "neo-coronéis". O estado se mantém como um dos campeões de violência letal no Brasil, com políticas de segurança que, na prática, apenas perpetuam o ciclo de morte.
Os dados do Atlas da Violência 2023 são frios e implacáveis:
Em 2021, o Ceará registrou 3.692 mortes violentas (taxa de 39,1 por 100 mil habitantes).
Entre 2011 e 2021, foram 46.722 mortes violentas acumuladas.
A projeção mais conservadora, baseada nas tendências recentes, aponta para um cenário de 45.000 a 50.000 mortes violentas no Ceará na próxima década (2024 a 2033). Esses números não são apenas estatísticas; são a prova de um projeto de extermínio que transforma a juventude pobre em "carne para abate".
O Espelho Partido da Educação: A Exclusão da Maioria
A oligarquia cearense vende a imagem de um "case de sucesso" na educação, celebrando avanços na alfabetização infantil. No entanto, essa narrativa esconde um abismo de exclusão que atinge a maioria do povo. O sucesso é uma fachada para a minoria, enquanto o futuro da maioria é sistematicamente destruído.
Os números da exclusão, extraídos de dados do IBGE e de organizações como a Todos Pela Educação, desmascaram a farsa:


A educação, que deveria ser um direito universal e um motor de libertação, é transformada em um funil que serve para selecionar a elite e descartar a massa. O sistema educacional desaba de forma estratégica no Ensino Médio, garantindo que a base da pirâmide social permaneça sem qualificação e sem poder de questionamento.
O Paradoxo da Riqueza: Bilionários Financiados pelo Povo
O Ceará é um microcosmo do capitalismo periférico brasileiro, onde a riqueza de poucos é construída sobre a miséria de muitos. O estado, que representa apenas 2% do PIB nacional, abriga o maior número de bilionários per capita do Brasil.
Este fenômeno não é fruto do "livre mercado", mas sim de um projeto político de concentração de capital financiado pelo Estado:
Financiamento Público da Elite: Por décadas, grandes grupos empresariais cearenses foram alavancados por bilhões de reais em crédito subsidiado do Banco do Nordeste (BNB), via Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNE). O dinheiro do povo foi usado para construir impérios privados.
Renúncia Fiscal para os Ricos: O modelo se perpetua com uma política agressiva de incentivos fiscais. Grandes empresas, muitas já bilionárias, recebem isenções generosas, sangrando o orçamento público. Estima-se que o Ceará tenha concedido cerca de R$ 13,3 bilhões em incentivos fiscais entre 2015 e 2022, enquanto a educação e a saúde recebem migalhas.
Taxação Regressiva: A carga tributária brasileira e cearense incide pesadamente sobre o consumo (atingindo brutalmente os mais pobres), enquanto a tributação sobre grandes fortunas e lucros extraordinários é irrisória ou inexistente.
O resultado é um Estado que atua como sócio dos ricos, garantindo que o capital renda mais do que o crescimento econômico, conforme a tese de Thomas Piketty. O orçamento, drenado pelos incentivos fiscais, perde a capacidade de investir em educação, saúde e segurança, amplificando a exclusão social e, consequentemente, a violência.
Chamado à Libertação: Contra o Genocídio do Futuro
Chega de enterrar nossos filhos! Chega da pedagogia da exclusão! Chega do Estado como máquina de produzir bilionários e miseráveis!
A libertação do Ceará da oligarquia e do capital começa com a organização e a luta do povo:
EXIGIR a taxação dos super-ricos e o fim imediato dos incentivos fiscais para bilionários. O dinheiro do povo deve financiar o povo.
OCUPAR as universidades e garantir o acesso à educação integral e de qualidade para os 60% excluídos.
DERROTAR as oligarquias nas urnas e nas ruas, construindo uma democracia real, onde o poder pertença à classe trabalhadora.
TRANSFORMAR o orçamento de instrumento de desigualdade em ferramenta de libertação social.
Os 50 mil que podem morrer na próxima década não são estatísticas; são nossos irmãos. Os 605 mil jovens "nem-nem" não são dados; são nossa juventude sequestrada.
Ou nos levantamos agora como povo, ou seremos cúmplices do nosso próprio genocídio.
O Ceará não precisa de mais bilionários, precisa de cidadãos. Não precisa de "cases" midiáticos, precisa de educação libertadora. Não precisa de oligarquias eternas, precisa de Revolução!
Por Egídio Guerra
Referências:
[1] Atlas da Violência 2023. Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Ipea. Dados de mortes violentas no Ceará (2011-2021).
[2] Todos Pela Educação. Dados sobre creches e aprendizado no Ceará.
[3] IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua). Dados sobre a população adulta sem Ensino Médio completo no Ceará.
[4] Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). Proporção de jovens "Nem-Nem" (15 a 29 anos) no Ceará em 2024.
[5] Revista Forbes Brasil. Ranking de bilionários brasileiros e concentração per capita no Ceará.
[6] Estudos da Fenafisco e fontes governamentais. Estimativa do valor total de incentivos fiscais concedidos pelo Ceará entre 2015 e 2022.
[7] Piketty, Thomas. O Capital no Século XXI. (Referência teórica sobre a concentração de capital).
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