Renê Nogueira confessa que matou gari durante discussão de trânsito em Belo Horizonte
Renê Nogueira Júnior, empresário de 47 anos, confessou ter assassinado o gari Laudemir Fernandes, 44, após uma discussão de trânsito. O caso escancara a desigualdade brutal entre patrões armados e trabalhadores precarizados.
SAULO CORLEONEJUSTIÇANOTÍCIAS
8/19/20252 min ler


Mais uma vez, o Brasil mostra sua face mais cruel: a vida de um trabalhador vale menos que o privilégio de um empresário armado.
O empresário Renê Nogueira Júnior, 47 anos, confessou ter atirado e matado o gari Laudemir Fernandes, 44, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. O crime ocorreu após Renê se irritar com o caminhão de lixo “atrapalhando” sua passagem.
Segundo testemunhas, Renê ameaçou a motorista do veículo da limpeza urbana. Os garis intervieram para defendê-la. O empresário, tomado pela arrogância de classe e pela confiança que a arma da esposa — uma delegada de polícia — lhe garantia a impunidade, disparou contra Laudemir.
Horas depois, foi preso em uma academia, como se nada tivesse acontecido.
A confissão e a blindagem
Renê negou por dias, até que na segunda (18) confessou no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ele admitiu ter usado a arma pessoal da esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.
Apesar disso, a delegada segue no cargo, mesmo sob investigação. O Ministério Público pediu bloqueio de R$ 3 milhões em bens do casal, para garantir futura indenização à família do gari.
A vida de Laudemir
Laudemir era trabalhador da limpeza urbana, contratado de forma terceirizada pela Prefeitura. Mais um exemplo de como a classe trabalhadora é tratada: precarização no trabalho e violência nas ruas.
Enquanto empresários se locomovem em carros blindados, com seguranças e armas, o gari — que recolhe o lixo da cidade, garantindo condições mínimas de vida para todos — morre por defender a colega de equipe.
Análise marxista
Esse crime não é “uma tragédia isolada”. É a expressão direta da luta de classes no cotidiano:
A burguesia se sente dona das ruas e das pessoas.
O Estado facilitou o armamento da classe dominante, enquanto terceiriza e precariza os trabalhadores.
A vida do gari, fundamental para a cidade, vale menos que a fúria de empresário criminoso.
No capitalismo, a violência não é exceção: é a regra.
📢 O BolcheNews reafirma: nenhuma vida da classe trabalhadora pode ser descartada. Justiça para Laudemir!


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